Antônio Jorge apresentou dispositivo que socorre diabéticos nas crises de hipoglicemia durante o II Fórum de Diabetes. Além desse verdadeiro “anjo” para os pacientes, ele apresentou também um portal que promove a interação entre o usuário e os profissionais de Saúde e de Direito. Orgulho imenso!

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Na manhã deste sábado (20.08), durante o II Fórum de Diabetes, o deputado Antônio Jorge (PPS), membro da Comissão de Saúde da ALMG, apresentou um dispositivo eletrônico que emite sinais de alerta. O dispositivo, criado pelo desenvolvedor Vitor Moura, do Gabinete do Deputado, pode salvar muitas vidas. Ao ser acionado por alguma pessoa em crise de hipoglicemia, o equipamento emite um sinal que é captado pelo celular de algum familiar, cuidador ou de algum serviço de urgência e emergência, possibilitando, assim, o atendimento imediato. O deputado anunciou a doação do dispositivo para a Associação de Diabetes Infantil (ADI).

O deputado apresentou, ainda, o portal Diabetes com Saúde (www.diabetescomsaude.com), um canal de relacionamento, recebimento e encaminhamento de denúncias. Para que seja aperfeiçoado, o portal ficará durante 30 dias aberto a consulta pública. A intenção é que as pessoas tenham um canal de comunicado e de interação mais perene e transparente para fazer valer os seus direitos.

O dispositivo e o portal são duas das entregas acordadas pelo deputado com os participantes do debate público “Diabetes, a amarga realidade da política pública”, realizado pela Comissão de Saúde em abril deste ano. “O debate foi provocado pela sociedade civil devido a questões agudas que, infelizmente, ainda continuam precarizadas”, alertou o deputado, referindo-se ao desabastecimento das fitas de glicemia, item cuja responsabilidade é do Governo estadual. Há, afirmou, Antônio Jorge, um hiato entre direito e acesso. “As pessoas têm clareza dos seus direitos. Mas, infelizmente, há um abismo entre o direito e a realidade”.

O diabetes é a doença de maior prevalências no mundo e que como toda doença crônica um desafio global. O diabetes e suas comorbidades são responsáveis por dois terços da carga de doenças. A mortalidade e o adoecimento estão, em grande parte, relacionados ao diabetes, a obesidade e a hipertensão. Em Minas, mais de um milhão de pessoas estão diabéticas. “Este é o maior e mais desafiador problema enfrentado pela sociedade e pelos gestores. A solução nunca estará centralizada. A mudança só virá quando a agenda do diabetes estiver inserida na Atenção Primária, dentro de uma visão de rede”.

Aos governos, assegurou o deputado, cabe identificar e financiar as iniciativas da sociedade. Há muitas coisas que o cidadão faz melhor que os governos. “A incorporação do autocuidado é uma delas e deve feita em parceria com a sociedade. Uma verdadeira política de atenção ao diabetes exige a parceria com o cidadão. Quem resolve doença crônica é o usuário com apoio médico”.

Cartão – Segundo Antônio Jorge, os problemas de desabastecimento dos insumos e medicamentos só terão fim com a mudança na lógica da distribuição. Como solução, o deputado apontou a criação de um cartão que teria como referência iniciativas de sucesso que já demonstraram ser possível a implantação de novos modelos de contratualização entre Estado, empresas e sociedade. Como exemplo citou o Farmácia Popular e o Bolsa Família. No caso do cartão do diabetes, só teriam acesso a ele as pessoas cadastrados nos programas oficiais e que, por isso, já são conhecidas em seus territórios e têm o Estado como responsável pelo seu tratamento.

A sugestão apresentada pelo deputado Antonio Jorge, além de inovar, possibilitará ao usuário do SUS adquirir diretamente as tiras reagentes de sua preferência. Outro ponto positivo da proposta seria a concorrência de mercado, visto que a empresa para fazer o convencimento do usuário na aquisição do seu produto, deverá aprimorar a qualidade do insumo e do relacionamento.

A proposta do cartão será apresentada ao Ministério da Saúde em reunião agendado para setembro. Estamos todos na torcida!