Nesta semana, de 30 de junho a 4 de julho, o #MemorialValeEmCasa recebe o “Carrollsday”, evento que celebra o escritor inglês Lewis Carroll, autor de “Alice no País das Maravilhas” e outras obras.

Realizado desde 2010 pela artista visual e designer Beatriz Mom, nesta edição, que será toda on line devido ao isolamento social imposto pela pandemia do Covid-19, serão postados vídeos nas redes do Memorial Minas Gerais Vale com ações artísticas inspiradas das nas obras de Carroll. Na programação, além dos vídeos performáticos, está o charau, sarau virtual na hora do Chá Louco. O Charau será desguiado pelo chapeleiro Vitor Bedeti com a presença dos artistas Beatriz Mom, Agnes Farkasvolgyi e Shima (“A Casa da Agnes”), Adriana Peliano, Jonnatha Horta, Marcelo Yoko e Pâmela Machado e ocorrerá com live no dia 4 de julho, sábado, às 18h, no Instagram @carrollsday . Este evento integra o programa Contemporâneo do Memorial Vale.

No escopo das ações on line desta semana está também o projeto Diversidade Periférica, com o evento “O sagrado nas Artes”, mostrando performances cênicas e de dança dos artistas Fernanda Julia, Ramon Paixão e Denilson Tourinho. Tem ainda oficina de bordado com técnicas dessa arte manual feita em Minas Gerais, além de atividades educativas do Memorial Vale.

Confira a programação do Carrolsday e de outras atividades do #MemorialValeEmCasa

No dia 30 de junho, terça-feira, às 15h, será postado o vídeo integrante do Carrollsday, “Coelho Branco”, com o artista Shima, polímata, com graduação em design, pós-graduação em gestão cultural e atuação em artes visuais, gastronomia e cinema. Shima traz a seguinte explanação sobre o que será apresentado em seu vídeo que tem quatro minutos de duração:“Ansiedade é excesso de futuro, depressão é excesso de passado”. Não há como retornar ao que já foi, e muito menos prever o que será, diante do contexto atual da humanidade. “Agora” tem sido um exercício de presentificação, aspecto intrínseco da performance que, na impossibilidade da execução ‘ao vivo’, transformei em um vídeo, na qual trago as questões e reflexões sobre o tempo em que vivemos até então, e o tempo que viermos a viver. O “Agora” como o hiato incompleto, no término da escrita da palavra, o seu início já encontra-se no passado. O exercício da escrita enquanto meditação ativa, e a possibilidade de se fazer presente diante do que é imutável e da certeza da impermanência. Em diálogo com Carrollsday, foi produzida uma edição especial, em identificação com o personagem “Coelho Branco”, fio condutor da história, materializando o Tempo.

No dia 1 de julho, quarta-feira, às 11h, Isabella Brandão, professora de bordado, com mestrado sobre a prática do bordado em Belo Horizonte no século XX, dá continuidade à série “Bordado pelo mundo”, ensinando “Os bordados de Minas Gerais”. Neste último vídeo da série ela conduz a uma viajem pela diversidade dos trabalhos manuais que há em Minas Gerais, passeando de norte a sul do estado, conhecendo técnicas, estilos e materiais. Na oficina ela vai ensinar a fazer o bordado de paisagem, usando tecido de americano cru, caneta mágica, agulha e linha de meada.

Ainda no dia 01 de julho, quarta-feira, às 15h, Marcela Yoko, que se intitula fazedora de coisas, que brinca nos campos verdejantes do design de ambientes e das artes visuais, apresenta o vídeo integrante do Carrollsday, “Casa-cabeça”, uma ação em que trechos do livro “Alice no País das Maravilhas” – de Lewis Carroll – são pronunciados formando um todo que fala do contexto atual brasileiro.

Marcela Yoko é bacharel em Artes Plásticas pela Escola Guignard (Uemg, 2008), Design de Interiores pela Una (2015) e Pós-graduação em Ensino e Pesquisa no Campo da Arte, da Cultura e Educação (Uemg,2010). Sua pesquisa criativa está ligada às relações entre o corpo e espaços, por meio da pintura, performance e intervenção principalmente. Participa de intervenções artísticas, exposições e possui atuação em curadorias, produção cultural e arte educação. Em Artes Visuais: desde 2018, participa do coletivo Maria, Vem com as Outras, que busca o empoderamento econômico da mulher, por meio do qual realiza trabalhos criativos; participou também de projetos e intervenções artísticas coletivas como Ciclo (2017, Exposição no Galpão Paraíso), Wild And Cabeluda (2017, criação capa do CD da banda Pata); Meleve, no Seminário de Gestão Cultural 2013 – da estação à liberdade (2013, intervenção artística); Catálogo Patrimar Oswaldo Nobre (2012, pinturas para catálogo da construtora).

Na quinta-feira, 2 de julho às 11h, será postada mais uma atividade do “Educativo em Ação”, uma série de posts que revela um pouco das estratégias de mediação dos educadores do Memorial Minas Gerais Vale. Uma ação que busca ampliar e qualificar o acesso e a vivência museal.

Também no dia 02 de julho, quinta-feira, às 15h, Vitor Bedeti, artista visual, social mídia, professor e estilista de suas próprias roupas e que vislumbra as possibilidades estéticas do entrecruzamento que se dá entre a poesia e a realidade, apresenta o documentário poético e performático “Pirulitos”, integrante do Carrollsday,. Ele convida o público a permitir-se ser tingido pelas cores da lembrança e tudo ficará mais doce e leve. É emblemático e é bonito, o desejo da infância – pirulitos. O material foi realizado com dispositivo móvel, em várias cidades do Brasil. Os pirulitos que estão no documentário foram banhados pelo chá feito pelo chapeleiro maluco e ganharam vida própria. A apresentação terá declaração poética e performática com textos de Lewis Carroll.

Na sexta-feira, 3 de julho, às 10h, o Memorial Vale dedica mais uma canção a outro equipamento do Circuito, na ação criada pela rede Circuito, intitulada “Alegre seu dia com música mineira”, na qual cada espaço dedica uma canção a outro, e todos são contemplados. A ação acontece pelo Instagram.

E, ainda na sexta, às 14h, será postada a 14a. foto legenda da exposição Tempo e Patrimônio, desenvolvida pelo Educativo do Memorial Vale. Essa exposição conta a história da edificação desde sua construção até os dias de hoje.

Também no dia 03 de julho, sexta-feira, às 15h, será postado o vídeo integrante do Carrollsday, “Inventário”, de Agnes Farkasvolgyi, física e artista plástica pela UFMG e chef de cozinha pela Le Cordon Bleu de Paris. Suas investigações/propostas artísticas entrecruzam os universos de Gastronomia e Arte. Sobre “Inventário”: A maior obra de Lewis Carroll é recheada de citações a comidas e sugestões de ingredientes (comestíveis?). Num exercício lúdico provocado pelas origens de Agnes como chef e artista plástica, ela realiza um passeio literário (um menu degustação?) utilizando as referências encontradas em Alice no País das Maravilhas.

No dia 04 de julho, sábado, 11h, Beatriz Mom, curadora do “Carrolsday”, designer gráfico e artista visual, apresenta o vídeo integrante do Carrollsday, “Mom tabuleiro”, no qual a artista realiza uma partida de xadrez imaginária, uma video-performance na sua obra Momtabuleiro (um tabuleiro em escala humana, onde as casas aumentam e/ou diminuem de tamanho, dependendo do ponto onde se está).

Beatriz Mom, como artista, seu trabalho transita pelas linguagens do desenho, pintura, objeto, fotoperformance e intervenção. É coeditora n’A Mascote e na Clãdestina Cartonera. Completamente aficcionada pelo universo de Lewis Carroll, considera a Alice no País das Maravilhas a obra mais determinante em sua vida. O nonsense e jogo de linguagens repercutiu em diversos trabalhos e em diferentes linguagens artísticas. Realiza o Carrollsday desde 2010.

Ainda no dia 04 de julho, às 15h, Pâmela Machado, contadora de história apresenta o vídeo integrante do Carrollsday, “Limiares”, fazendo uma leitura/declamação do poema “Limiares”, do poeta Samuel Medina, inspirado na obra “Alice através do Espelho”. Ela propõe um olhar para dentro de si, que se aprofunda no infinito que há no outro.

Pâmela Machado é bibliotecária, mediadora de Leitura, aprendiz de editora, produtora cultural, escritora dos casos e acasos poéticos da vida e integrante do Coletivo Narradores, de Belo Horizonte.

E também no dia 4 de julho, sábado, às 17h, tem o vídeo do projeto Diversidade Periférica, iniciativa que busca aproximar moradores dos aglomerados à programação e às atividades do museu, além de dar visibilidade às iniciativas, às manifestações e às práticas artístico-culturais existentes em cada comunidade, sob a curadoria de Patrícia Alencar. Com o tema “A Favela é Afrodescendente”, o vídeo da apresentação dos artistas Onisajê, Ramon Paixão e Denilson Tourinho mergulhará no universo Sagrado nas Artes, onde a corporeidade afro-brasileira nos revela o pensar, o sentir e o fazer a partir dos saberes e vivências de matrizes africanas, em performances cênicas e de dança.

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