A parceria de Oskar Metsavaht com o recém-criado Instituto Burle Marx germinou duas sementes: uma, a Coleção ‘Jardins Tropicais’, parte do OsklenArtSeries, projeto que busca promover o encontro da moda com a arte, em colaboração com as instituições culturais e seus artistas, com coleções de série limitadas e revertidas, contribuindo para a manutenção da missão de preservação de legado histórico e artístico de nossa cultura.
A outra semente germinada, está em exibição no studio OM. art, é a videoinstalação: ‘Jardins Tropicais – uma Dança’, que traz os desenhos modernistas de Roberto Burle Marx para além do plano bidimensional, uma fluída sensualidade de seus corpos, transparências e abstrações.
“Me permiti a uma imersão na personalidade criativa do Roberto, me tornar íntimo de seu espírito, de seu olhar e da sua forma de conceber arte. Seus sistemas de formas, cores e ritmos, os elementos que amalgamaram o seu estilo. Esta obra é uma dança do Roberto com sua musa inspiradora, a cultura brasileira na exuberância da nossa natureza e de nossa etnicidade que, envoltos de seus desenhos modernistas, formam este ritmo imagético, espiritual “, diz Oskar Metsavaht, artista, Fundador e Diretor de Criação e Estilo da Osklen, Embaixador da UNESCO para Sustentabilidade e Embaixador da ONU para a Década dos Oceanos.
Essa parceria exalta a importância da obra paisagística do artista para a valorização dos biomas nacionais, assim como a preservação e difusão do acervo legado por ele para Haruyoshi Ono, seu sócio por quase 3 décadas e então responsável pelo seu estúdio de projetos até 2017. Ao todo, são mais de 120 mil itens que variam entre plantas de paisagismo originais, croquis, desenhos, fotos e outros materiais preservados. Fascinado pela diversidade da vegetação nativa, Burle Marx foi um dos primeiros paisagistas a explorar essa riqueza botânica em projetos nos anos 30. Seu trabalho foi fundamental para a valorização das florestas tropicais, em suas pesquisas descobriu diversas espécies de plantas que levam o seu nome.
SERVIÇO:
Dias: até 21 de maio 2023
Horários: 5ª a 6ª feiras – 14h às 20h – Sábados – 12h às 20h – Domingos — 12h às 18h
Local: studio OM. art – Rua Jardim Botânico, 997 – Rio de Janeiro
[sobre o studio OM. art]
O ateliê de artes plásticas de Oskar Metsavaht reúne o seu estúdio para desenvolvimento e produção de diversos projetos de arte e um espaço expositivo. Abriga conteúdos de reflexão contemporânea sobre arte, ciência e filosofia, por meio do olhar de curadores, artistas e intelectuais convidados. Promove a difusão de ideias criativas e o pensamento crítico por meio da arte, em suas mais diversas formas, técnicas, linguagens e plataformas.
Inaugurado em maio de 2018 com ‘Rhodislandia: Hélio Oiticica’, seguida pelas seguintes exposições: a coletiva ‘Dialética’, com obras de 15 dos maiores artistas contemporâneos brasileiros; o ‘Projeto Labor’, residência artística e exposição de Carlos Vergara e do francês David Ancelin ao lado de outros artistas convidados; ‘Experienza Live Cinema #4’, dos artistas Raul Mourão e Cabelo; ‘Respire Comigo − Lygia Clark’, que abriu o calendário de comemorações do centenário da artista ao redor do mundo e ‘Vazar o Invisível’, com o trabalho de oito artistas representados pelo Perifa Connection.
Em 2022 o espaço já apresentou a mostra INTER. locuções, marcando a estreia do coletivo Alfabetismo Visual/AlfaAgency, e recebeu a primeira exibição no Brasil do curta metragem Vermelho Quimera, criado e coreografado por Thiago Soares e com direção de Oskar Metsavaht.
[sobre o Instituto Burle Marx]
O Instituto Burle Marx (BMI), uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos, tem como prioridade garantir a salvaguarda das coleções do acervo legado por Burle Marx e seus colaboradores e sua difusão pública através de inventário, catalogação e digitalização. O Instituto entende seu acervo como sementes, sendo testemunho de um trabalho coletivo, marcado por um compromisso ético e estético que se reflete em espaços democráticos e de bem-estar.