Outro dia comecei a pensar sobre as maneiras com as quais nos relacionamos com a palavra sexo. E com o sexo em si. Quando a pessoa está afim, dizem que está “como o diabo gosta.” Se estava transando, a gente fala: Tava fazendo coisa errada, né?

Todo mundo conhece a história de Adão e Eva, mas o pecado, lá, na verdade, foi o da gula. Eles não casaram, mas tiveram filhos, correto? Então, de onde veio todo esse erro? Claro que sabemos que a igreja católica só permitia – digo permitia porque temos hoje o Papa Francisco que já entendeu a modernidade, graças a God! – o sexo para procriação, o sexo antes do casamento era pecado e até mesmo que o prazer era algo tido como errado. Mas por quê?

Resolvi então pesquisar para saber um pouco sobre a origem de todo esse pecado – ou não. E foi na bíblia que encontrei algumas respostas:
“Segundo o Gênesis ela – a sexualidade – é uma realidade boa e a diferença sexual faz parte do projeto de Deus (homem e mulher Deus os criou – Gn 1,27). O mesmo livro retém que o significado da sexualidade está na união (Os dois serão uma só carne – Gn 2,24) e na procriação (sede fecundos, multiplicai-vos – Gn 1,28).

Ou seja: era ok.

Mas com o passar do tempo, o sexo ganhou outras conotações, por motivos vários como a cultura machista, a culpa da mulher em ter prazer, as diferenças entre esposa e prostituta, e foi sendo classificado mesmo como um grande pecado. Mas não existe nenhuma passagem bíblica que fala explicitamente sobre o sexo antes do casamento, que era errado ou sujo. Nem que pode e nem que não pode. Mas ela dá algumas indicações que precisam ser lidas com olhos críticos. E uma coisa é clara: a importância do ato sexual. Ele não é um jogo e nem uma simples busca de prazer, mas a expressão do amor e da responsabilidade. E outra: Em tempos de doenças sexualmente transmissíveis, novos tipos de famílias e super população… tudo tem que ser revisto.

Resumindo: Sexo deve ser feito por adultos conscientes e felizes com o que está acontecendo. Não estou falando de amor. Mas de, no mínimo, respeito e tesão. Usar como moeda de troca, chantagem, abuso, violência, aí sim é pecado. Se for antes ou depois de casar, com o intuito de ter ou não filhos, acho que é o que menos importa. O que interessa mesmo é que tem que ser bom. Com responsabilidade. E com muito prazer. Para ambos.