A segunda edição do Garotas Applicadas está com inscrições abertas. Voltado para meninas estudantes da rede pública, projeto quer inserir as adolescentes na área da tecnologia

Estão abertas as inscrições para a segunda edição do Garotas Applicadas, iniciativa da Associação Efigênia Vidigal de Educação e Cultura (Avec) que vai proporcionar educação tecnológica para meninas do ensino médio de escolas públicas de Belo Horizonte. Serão oferecidas 100 vagas para aulas de programação, desenvolvimento pessoal, liderança, negócios e empreendedorismo para as adolescentes. As interessadas podem se inscrever pelo formulário disponível no site da AVEC, avecmg.org.br . As atividades são gratuitas. Na próxima quinta-feira (6/8) será realizado um encontro inaugural.

Devido à pandemia, o projeto terá um novo formato. Os 16 encontros vão acontecer por meio de videoconferência e serão acompanhados de material de apoio online e fóruns para a discussão dos assuntos abordados. A primeira edição, realizada no ano passado, contou com a participação de 35 garotas que, ao final do projeto e divididas em grupos, desenvolveram seis aplicativos. Saúde mental, autoestima, abrigo voluntário, meio ambiente e educação foram as temáticas que inspiraram os projetos desenvolvidos pelas garotas.

O curso é dividido em quatro áreas: Roda de Conversa com Mulheres Inspiradoras, que vai apresentar histórias de mulheres que venceram desafios na escolha e construção da própria vida profissional; Programação, que será liderada por equipe voluntária de profissionais atuantes na área para introduzir conceitos e práticas; Empreendedorismo, para desenvolver a atitude empreendedora, a liderança e a elaboração de um projeto pessoal e, por fim, Desenvolvimento Pessoal, que tem o objetivo de motivar, promover reflexões sobre identidade, autoestima e vínculos afetivos.

Garotas no poder

A educação tecnológica é vista como umas das portas para o empoderamento feminino. E este é um dos pontos relacionados a uma das finalidades da AVEC, que busca atender ao Objetivo do Desenvolvimento Sustentável nº 5 da ONU, que é justamente alcançar a igualdade de gênero.

Marília Vidigal, da equipe idealizadora do projeto, explica que a ideia nasceu a partir da reflexão sobre a pequena presença de meninas nos outros projetos proporcionados pela AVEC. “Oferecemos atividades que são muito empolgantes. A gente trabalha com Lego, com computação, com tecnologias que são superatuais, mas não temos tanta presença de meninas. Não estamos satisfeitos com isso. Primeiro porque as mulheres precisam da tecnologia e a tecnologia é uma escolha de carreira possível. Além disso, a tecnologia significa emprego. Estamos num país que vive um desemprego de 13%, mas há vagas na área de tecnologia. E mesmo que não façam a opção de atuar numa área diretamente ligada à tecnologia, ela é uma ferramenta para o futuro. A ONU estima que 90% dos empregos do futuro vão precisar de alguma forma de tecnologia ”, explica Marília Vidigal

Uma boa notícia é que pesquisa feita pela Avec com as 35 participantes da primeira edição mostra que, das que já concluíram o ensino médio, duas foram aprovadas nos cursos de Administração e Musicoterapia da UFMG e uma foi aprovada no Cefet. Uma das garotas iniciou seu próprio negócio, com o acompanhamento de dois membros da equipe de voluntários da Avec.

Educação e cultura

A Associação Efigênia Vidigal de Educação e Cultura (Avec) é uma Organização da Sociedade Civil, fundada em outubro de 2001, com sede em Belo Horizonte. Sua finalidade social é prestar serviços que promovam a educação, a cultura, a ecologia e a assistência social, por meio de projetos desenvolvidos em parceria com outras instituições ou individualmente. O nome da Instituição é uma homenagem à Profª Efigênia Elias Vidigal (1933-1977), modelo de educadora e pessoa humana, que muito contribuiu para o desenvolvimento da educação em Minas.

Acreditando que a cultura e a educação são ferramentas primordiais na inclusão social, a AVEC promove a cidadania por meio de ações que valorizam novas experiências educativas e culturais através de parcerias com escolas públicas, realização de oficinas educativas para alunos do ensino público, promoção de eventos socioculturais para a comunidade e oferta de programas de aperfeiçoamento para educadores.

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