Conhecida como VIK, a startup é responsável por um programa gamificado para empresas e tem como propósito zelar pela saúde dos funcionários; com a chegada da pandemia encontrou uma forma de auxiliar as organizações no controle interno da Covid-19, por meio de uma parceria com um dos principais importadores do Brasil para disponibilizar de testes preventivos aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)

Será que estou com coronavírus? Essa é uma dúvida que cerca cada dia mais a população, seja pelos sintomas, apreensão ou suspeita de estar assintomático, já que muitas pessoas entram em contato com o vírus e não sentem nada. Porém, como medida de prevenção a população, o governo decretou o isolamento em diversas cidades e muitas empresas tiveram que mudar totalmente seu modo de operar. Só que não são todos os setores que podem parar, como por exemplo, as indústrias, as áreas da saúde e alimentícia. Mesmo com algumas atividades seguindo seu fluxo normal de trabalho, o impacto econômico das medidas de combate à pandemia chega a 46,03% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, segundo documento divulgado pelo Ministério da Economia.

Com este cenário, muitos gestores de empresas e o setor de recursos humanos se preocupam com a questão da contaminação no ambiente de trabalho, além da saúde e o bem-estar de seus colaboradores. “Como existem casos de corporações que não podem parar e que não conseguem realizar um trabalho remoto é necessário tomar uma série de cuidados para prevenir a contaminação durante o expediente e também analisar se alguém da equipe está contaminado, para evitar ao máximo que o vírus se propague. Mesmo que esse funcionário não esteja dentro do grupo de risco, ele pode morar com seus pais e avós, por exemplo, que apresentam uma idade acima de 60 anos, aumentando, assim, a chance de contaminação em pessoas que podem vir a óbito. É uma situação bem complicada”, explica Tomás Camargos, sócio-fundador da VIK .

Assim, a startup fechou uma parceria com um dos maiores laboratórios do Brasil para proporcionar um teste rápido de triagem para a doença. “Esses testes foram fabricados pela empresa chinesa Wondfo e trazidos pela maior importadora do Brasil. São os mesmos doados pela Vale para ajudar no controle da pandemia. Ele não é conclusivo, funciona como uma análise rápida para saber se aquele colaborador começou a produzir ou não anticorpos da doença. Se der positivo, a ideia é que essa pessoa seja encaminhada para um laboratório para realizar o teste específico do coronavírus. O objetivo não é identificar o estágio da doença e sim avaliar de forma qualitativa se a pessoa teve ou não o contato com o vírus.”, complementa Pedro Reis, também sócio-fundador da startup.

Os sócios comentam que já ajudamos algumas empresas no controle por meio do teste e um fato que notaram em comum é o medo na confiabilidade do resultado, já que existem muitos golpes sendo aplicados nesse sentido. “Esse teste é aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Dessa forma, conseguimos continuar prezando pela saúde de funcionário dentro das empresas, mesmo em época de crise”, conta Camargos.

O executivo ainda explica que os teste rápidos estão sendo cada dia mais usados mundo afora. “Eles funcionam mais como uma ferramenta de triagem, com uma probabilidade de saber se uma equipe ou colaborador pode estar contaminado, trazendo uma margem para saber como está a segurança de todos dentro do ambiente de trabalho. É uma ferramenta que auxilia no controle da pandemia dentro da corporação. Assim, será possível contribuir para que o avanço da doença seja minimizado”, salienta Tomás.

Como funciona o teste

Conhecido como One Step Covid-19 Test o exame assegura análises otimizadas e contribui para o diagnóstico. Ele é executado com pelo menos 10 microlitros de amostra de sangue do paciente, coletados a partir do sangue total, soro ou plasma. Dessa forma, é possível detectar a presença de anticorpos do tipo IgM (imunoglobulina M) e IgG (imunoglobulina G) nas amostras coletadas.

Dentro das empresas, a indicação é realizar o teste semanalmente nos funcionários da operação para mapear os casos positivos e afastá-los por 7 a 14 dias. É muito importante que após este afastamento, o colaborador procure um médico/laboratório para o diagnóstico conclusivo, antes de retomar ao trabalho.
É indicado a aplicação semanal na população e nos funcionários para mapeamento dos casos positivos e planejamento para aumentar a segurança no dia a dia da empresa e saúde das pessoas. “Para adquirir os testes a empresa precisa ter um médico responsável ou apresentar um contrato firmado com um laboratório. Corporações que não possuem equipe de saúde precisam fechar uma parceria temporária laboratórios locais a aplicação dos testes nos seus funcionários. Mas sempre é necessário um profissional da saúde”, salienta Pedro.

Como montar uma estratégia de aplicação do teste?

Existe um desafio para as empresas conseguirem aplicarem o teste. “Nós da VIK ajudamos as corporações com uma estratégia assertiva para melhor resultados da aplicação do teste em época de pandemia. Para isso, entendemos o cenário atual da organização, verificamos como é o dia a dia do trabalho, se os colaboradores estão aglomerados ou não, analisamos quais as áreas com maior risco de contaminação e, a partir desse entendimento da situação, montamos o protocolo de aplicação junto com o médico ou o laboratório responsável”, explica Reis.

Com essa pesquisa de pré aplicação, os profissionais levam em consideração o local em que empresa está localizada: se for São Paulo, por exemplo, existe uma necessidade mais urgente para os testes, se for no interior da região norte do país, podemos analisar com mais calma. “A ideia é proporcionar o melhor cenário para garantir a saúde dos colaboradores e evitar a compra de um número excessivo de testes, também pensando na questão econômica da empresa em época de crise”, finaliza Pedro.