Tem coisas que me incomodam há muito tempo e acho que tem mais gente que deve concordar comigo. Quando eu era criança. tínhamos uma expectativa doce e inocente com relação as festas do ano. Esperávamos o Carnaval, para pular nos bailes dos clubes; a Páscoa, exatamente 40 dias depois para nos lambuzarmos de chocolate; as festas juninas, o Dia das Crianças e – FINALMENTE – o Natal. Ele era o ápice da nossa espera, coroando o nosso bom comportamento e nos dando aquele mega presente esperado e sonhado durante o ano todo.

E o que temos hoje? Um massacre indócil de datas comercias encavaladas umas nas outras. Mal terminou o carnaval, os ovos de Páscoa já surgem reluzentes e dependurados nos supermercados, fazendo os olhinhos das crianças brilharem e pedirem aquilo como se fosse uma sobremesa diferente. Sou muito metódica, chata até, e realmente não compro antes. Não vou compactuar com essa loucura e acho que essa antecipação selvagem das festas durante o ano tem gerado uma ansiedade e uma frustração tão grandes que me pergunto se esses comerciantes tem filhos. Não existe mais a espera, o desejo, aquela expectativa gostosa para quando uma data chegar.

O ano começa, pulamos o carnaval, nos enchemos de chocolate – e brinquedos, por que os ovos tem que ter brinquedos – as festas juninas passam como um foguete de São João, os presentes do dia das crianças iniciam a nossa falência e o Natal fecha o ciclo como mais uma obrigação dos nossos bolsos. ATÉ QUANDO?

Foto: Tem coisas que me incomodam há muito tempo e acho que tem mais gente que deve concordar comigo. Quando eu era criança. tínhamos uma expectativa doce e inocente com relação as festas do ano. Esperávamos o Carnaval, para pular nos bailes dos clubes; a Páscoa, exatamente 40 dias depois para nos lambuzarmos de chocolate; as festas juninas, o Dia das Crianças e - FINALMENTE - o Natal. Ele era o ápice da nossa espera, coroando o nosso bom comportamento e nos dando aquele mega presente esperado e sonhado durante o ano todo. E o que temos hoje? Um massacre indócil de datas comercias encavaladas umas nas outras. Mal terminou o carnaval, os ovos de Páscoa já surgem reluzentes e dependurados nos supermercados, fazendo os olhinhos das crianças brilharem e pedirem aquilo como se fosse uma sobremesa diferente. Sou muito metódica, chata até, e realmente não compro antes. Não vou compactuar com essa loucura e acho que essa antecipação selvagem das festas durante o ano tem gerado uma ansiedade  e uma frustração tão grandes que me pergunto se esses comerciantes tem filhos. Não existe mais a espera, o desejo, aquela expectativa gostosa para quando uma data chegar. O ano começa, pulamos o carnaval, nos enchemos de chocolate - e brinquedos, por que os ovos tem que ter brinquedos - as festas juninas passam como um foguete de São João, os presentes do dia das crianças iniciam a nossa falência e o Natal fecha o ciclo como mais uma obrigação dos nossos bolsos. ATÉ QUANDO?