Cláudia Coutinho expõe a mostra “Por Um Amor Maior” no Museu Inimá de Paula com obras que exploram o expressionismo abstrato. Imperdível!

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A artista plástica Cláudia Coutinho reuniu 26 trabalhos produzidos em 2015 para compor a mostra “Por Um Amor Maior”, em cartaz no Inimá de Paula entre os dias 18 de novembro e 17 de janeiro com entrada gratuita. As obras em acrílica sobre tela e técnica mista seguem a vertente do expressionismo abstrato. O devir do homem moderno e a vazão do inconsciente em busca do amor são inspirações para a mostra.

Os sentimentos intrínsecos nesse processo, como alegria, tristeza, paixão, ódio e doçura, são transpostos por meio de cores e intensidade para as telas. O objetivo é criar uma linguagem direta com o espectador, em que ele se veja instigado.

Cláudia nasceu em Tapiraí – MG e formou-se em artes plásticas pela Escola Guignard. Entre suas referências estão nomes de peso como Henri Matisse, Willem de Kooning, Hans Hoffman e Helen Frankentaller. Ela afirma que o abstracionismo, especialmente o expressionista, carece de publicização. “O estilo é mais aceito no exterior, creio que por uma questão de amadurecimento, de um contato mais frequente, o que vai despertando a sensibilidade e burilando o olhar. Muitos olham a pintura abstrata buscando formas e explicações. Ainda não aprenderam a sentir os efeitos da arte em seu inconsciente, a entrar em identificação com o artista”, explica.

Sobre o seu processo criativo, a artista aposta na intuição. “Às vezes inicio várias telas ao mesmo tempo, e volto a cada uma delas. Há um primeiro impulso e há também o momento da observação e da reflexão. Algumas saem quase de imediato, como foi o caso de `Breve Recado´, outras vão se metamorfoseando. Existem também as telas que já se cansaram do meu olhar e que, por vezes resolvo me desapegar, e transformá-las por completo, dando-lhes alma nova, com mais soltura e força”, afirma.

Artista multifacetada

Além de artista plástica, Cláudia Coutinho também é escritora e psicóloga. Ela acredita que as várias atividades lhe auxiliaram a encontrar formas de dar vazão aos seus sentimentos. “Minha produção literária e a pintura seguem juntas, no mesmo processo. Vem a ideia, escrevo a primeira palavra ou dou a primeira pincelada na certeza de que as outras virão como o curso de um rio e tudo vai fluindo prazerosamente. Posso dizer, no entanto, que a psicanálise me proporcionou o encontro com meus talentos e a coragem para trilhar em busca de realizações”, conta.

A curadora do Museu Inimá de Paula, Guiomar Lobato, compartilha a ideia de que a pluralidade da artista lhe dá mais força. “Se em suas crônicas prevalece uma visão da infância e sua gente, na arte ligou-se a movimentos internacionais, fazendo parte de grupos de artistas franceses, espanhóis e outros. Sua produção reflete essa convivência ampla. Tem uma pintura forte, bonita e contemporânea”, diz.

Serviço:

“Por Um Amor Maior”

Data: de 18 de novembro a 17 de janeiro

Local: Museu Inimá de Paula – R. da Bahia, 1201 – Centro

Entrada gratuita

Informações: (31) 3213-4320