Chega a BH o espetáculo “PI – PANORÂMICA INSANA”, com Cláudia Abreu, Leandra Leal, Luiz Henrique Nogueira e Rodrigo Landolfo nesse elenco que vai agitar o seu final de semana…Vamos?

PI - Panorâmica Insana foto de João Caldas 05

O Festival Teatro em Movimento dá continuidade às comemorações de seus 18 anos e trás a Belo Horizonte “Pi – Panorâmica Insana”, espetáculo que traça um grande panorama sobre o indivíduo e questiona a viabilidade do mundo atual. A montagem tem direção e concepção de Bia Lessa. O elenco, formado por Cláudia Abreu, Leandra Leal, Luiz Henrique Nogueira e Rodrigo Pandolfo, vive mais de 150 personagens de diferentes nacionalidades. O texto foi escrito em conjunto por Júlia Spadaccini, Jô Bilac e André Sant’anna, com citações de Franz Kafka e Paul Auster. Os atores criaram uma série de improvisações durante os ensaios e algumas foram incorporadas à dramaturgia final do espetáculo. Na peça, questões universais como Onde estamos? Para onde vamos? É possível alterar o futuro da humanidade? Ou o desastre é inevitável? juntam-se a outros questionamentos para tratar do momento atual. Baseada em pessoas e dados reais, o espetáculo projeta uma lente de aumento sobre a sociedade e traça um painel irônico do mundo contemporâneo. “Pi-Panorâmica Insana” foi eleito o Melhor Espetáculo do Ano pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA). Estreou em 1 junho de 2018, em São Paulo, e ficou em cartaz até 29 de julho, com todas as sessões esgotadas. Em Belo Horizonte serão duas apresentações no grande teatro do Sesc Palladium, dias 23 e 24 de março, sábado às 20h e domingo, às 19h, com ingressos a partir de 25 reais.

“A peça é um grande painel da humanidade, com suas mais urgentes, profundas e superficiais questões”, explica Cláudia Abreu, uma das idealizadoras da montagem, ao lado de Luiz Henrique Nogueira.

A realização de “Pi – Panorâmica Insana” em Belo Horizonte é do Festival Teatro em Movimento por meio da lei Federal de Incentivo à Cultura.

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“Pi – Panorâmica Insana”

O espetáculo aborda temas que afetam as condições de vida e questiona se as atitudes da humanidade produzirão um futuro apocalíptico ou se ainda é possível corrigir uma série de problemas estruturais que estão dizimando o planeta. A peça discorre sobre o indivíduo, a civilização, sexualidade, política, violência, nação, miséria, riqueza, consumo desenfreado, gênero e desejo. “Tudo o que é humano interessa, tudo que é próprio de cada um dos atores tem valor enquanto observação da vida, tal qual ela se apresenta agora”, afirma Bia Lessa. São projetados em tempo real números de assassinatos, estupros, nascimentos, narrações que apontam para uma saturação do sistema atual.

O texto foi sendo construído durante os ensaios. Os atores criaram uma série de improvisações e algumas foram incorporadas à dramaturgia final do espetáculo, que tem estrutura híbrida, através do diálogo com a dança, artes plásticas e performance. “A gente se colocou em experimentação, tudo foi criado a partir do encontro entre os atores e os textos. É um teatro de inconformidade, de risco, que busca criar uma experiência”, explica a diretora.

O projeto foi idealizado por Cláudia Abreu e Luiz Henrique Nogueira e, inicialmente, teria como foco os “excluídos sociais”, mas a chegada de Bia Lessa ampliou a temática, na busca de traçar um painel ilimitado de temas que afetam as condições de vida da humanidade. O próprio título do espetáculo traduz a ideia: ‘Pi’ é uma abreviação para ‘Panorâmica Insana’, mas remete também ao símbolo matemático “pi” (π), reforçando a ideia de fração infinita. A peça não busca apresentar um diagnóstico fechado, uma verdade cristalizada. É o momento, o “entre” o que foi feito e o que está por vir. O agora é ‘entre’, um intervalo, um impasse. A multiplicidade de personagens e as mais de onze mil roupas espalhadas pelo cenário reforçam essa ideia de pluralidade, de excessos e saturação, pelos quais passa o próprio planeta. “Queríamos olhar para os excluídos e agora falamos sobre um sistema de vida que justamente cria essas exclusões”, afirma Nogueira.

Dando sequência à pesquisa que a diretora vem desenvolvendo a partir do espetáculo Grande Sertão: Veredas, a trilha sonora é criada em várias camadas onde música, ruídos, ambientes e a voz dos atores (manipuladas tecnologicamente) dialogam entre si. “O uso de microfones permite a criação de ecos e metalização, o que dá a ideia de fúria, de discurso oco e vazio”, explica Bia.

A ficha técnica conta com Sylvie Leblanc no figurino, Dany Roland na pesquisa e trilha musical – parceiros de Bia Lessa há muitos anos. Amália Lima e João Saldanha, profissionais ligados à dança como assistentes de direção, e Bruno Siniscalchi como diretor assistente – parceiro de Bia Lessa no espetáculo Grande Sertão: Veredas. Estevão Casé para a criação da espacialidade sonora e a manipulação das vozes dos atores. Essa sonorização especializada é parte fundamental da encenação, uma vez que cria ambiência compondo paisagens, utilizando-se de som cinema e não de teatro.

Imagens em vídeo Pi-Panorâmica Insana:

https://drive.google.com/open?id=1an_IBC8P_mCpiKhyNJF_cnf1TpQswhbR

Ficha Técnica : “Pi – Panorâmica Insana”

Textos: Júlia Spadaccini, Jô Bilac e André Sant’anna, com citações de Franz Kafka e Paul Auster / Concepção, Direção Geral e Escritura Cênica: Bia Lessa /Elenco: Cláudia Abreu, Leandra Leal, Luiz Henrique Nogueira e Rodrigo Pandolfo/Diretor Assistente: Bruno Siniscalchi /Assistentes de Direção: Amália Lima e João Saldanha /Concepção Musical: Dany Roland/ Desenho de Som: Estevão Casé / Figurino: Sylvie Leblanc / Assistentes: Julia Barreto e Clara Lessa/ Iluminação: Bia Lessa e Wagner Freire /Cenografia: Bia Lessa / Fotos: João Caldas/ Direção de produção: Mario e Canivello e Dadá Cardoso/ Assistente de produção: Nana Martins / Realização em Belo Horizonte: Festival Teatro em Movimento por meio da lei Federal de Incentivo à Cultura.

PI - Panorâmica Insana foto de João Caldas 06

SERVIÇO

“Pi – Panorâmica Insana”

Duração: 80 minutos / Classificação: 16 anos / Gênero: Drama
Dia/Horário: 23 e 24 de março– sábado, às 20h, e domingo, às 19h

Ingressos: Plateia I – R$80 (inteira) e R$40 (meia-entrada)

Plateia II – R$70 (inteira) e R$35 (meia-entrada)

Plateia III – R$50 (inteira) e R$25 (meia-entrada)

Local: Grande Teatro Sesc Palladium – Rua Rio de Janeiro, 1046, Centro
Capacidade do teatro: 1321 lugares
Horário da Bilheteria: de terça-feira a sábado, das 12h às 21h; e domingo, das 12h às 20h.

Vendas: https://www.ingressorapido.com.br ou bilheteria do teatro