Grupo ELA lança cerveja em Belo Horizonte e lucro será revertido a entidades de apoio à mulher vítima de violência. Brindemos!
A cerveja ELA será lançada nas próximas semanas em vários estados do Brasil. O lançamento é o marco de uma mobilização que começou em maio envolvendo mulheres que atuam no mercado cervejeiro e querem chamar a atenção para o machismo no setor.
A cidade de São Paulo foi o palco para o lançamento oficial da ELA (Empoderar, Libertar, Agir), rótulo produzido pelo coletivo feminista. O lançamento nacional aconteceu no dia 20 de agosto, no Empório Alto de Pinheiros (Rua Vupabussu, 305, Pinheiros), a partir das 14h e foi aberto ao público.
Em Belo Horizonte, o lançamento acontecerá amanhã, dia 07 de setembro, a partir de 11h, no BH Cervejas – Rua Conselheiro Lafaiete, 510 – Lj 04 – Sagrada Família.
O estilo escolhido foi o American Barley Wine, de amargor mais acentuado que a sua versão de origem, inglesa, para fugir totalmente do estereótipo de que mulher gosta apenas de cerveja leve e doce. Com 10% de graduação alcoólica, leva maltes tostados e lúpulos americanos de aroma e amargor.
O lucro obtido com a comercialização da cerveja será doado a entidades que acolhem mulheres vítimas de violência. Em sua página no Facebook, o ELA está recebendo inscrições de instituições que queiram participar da seleção para receber a doação.
O lançamento em Belo Horizonte, contará com a presença de Jaqueline Oliveira e Priscilla Colares, participantes do grupo, com a tatuadora Carol Vitter, conhecida por suas tattoos empoderadoras e minimalistas. A tatuadora trabalha somente com tattoos femininas e vem ganhando espaço com suas artes voltadas para flash’s feministas, com os brigadeiros de cerveja da Sou Mais Sabor e um grupo grande de pessoas ligadas ao movimento.
Lançamentos pelo Brasil:
São Paulo – 20 de agosto, a partir das 14h, no Empório Altos dos Pinheiros
Rio de Janeiro – 25 de agosto, a partir das 19h, no Booze Bar
Florianópolis – 2 de setembro, a partir das 19h, no Cozalinda Bar
Curitiba – 3 de setembro, a partir das 15h, na Cervejaria Masmorra
Goiânia – 3 de setembro, a partir das 11h, no Quiosque Colombina
Porto Alegre- 6 de setembro, a partir das 18h, na Penz Bier
Belo Horizonte – 7 de setembro, a partir de 11h, no BH Cervejas
Sobre o ELA
Cansadas de ouvir termos como “cerveja para mulher”, “quero falar com o cervejeiro responsável”, “mulher não deve ir ao bar sozinha” criaram o ELA um coletivo para enaltecer o trabalho da mulher no meio e denunciar ações machistas por parte da indústria cervejeira e da sociedade em geral.
Elas são mestres cervejeiras, sommelières, professoras, juízas de concursos, apreciadoras, empresárias e especialistas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco e Espírito Santo. Motivadas pela forma negativa como a mulher é retratada na indústria, querem que a relação cerveja e mulher comece a ser vista de outra forma e para isso, no lançamento do projeto divulgaram um manifesto onde pontuam todas as questões trabalhadas pelo coletivo.
A mobilização iniciou em maio, logo após a divulgação de um novo rótulo de cerveja que explorava negativamente a imagem de uma mulher. “Essa história de peito e bunda na cerveja já deu, né? Estamos no mundo da cerveja tanto quanto eles, trabalhamos tanto quanto eles e precisamos de respeito”, explica a gerente comercial e de marketing da Cervejaria Dádiva e uma das idealizadoras do projeto, a sommelière Aline Smaniotto Tiene.
Para celebrar o coletivo, elas resolveram produzir um rótulo exclusivo. Juntas, definiram estilo, elaboraram a receita, nome, identidade visual e foram para a fábrica. A Cervejaria Dádiva, de Várzea Paulista (SP) cedeu o espaço e os equipamentos, mas foram elas que fizeram todo o trabalho. “Fizemos o CIP (desinfecção) no tanque, moemos e arriamos o malte, enfim produzimos a cerveja com as nossas mãos e temos muito orgulho disso”, afirma Aline.
Para acompanhar as novidades, conhecer mais sobre o projeto e suas participantes é só seguir o coletivo nas redes sociais através do @cervejaporelas.