Além de avaliar as instituições, mulheres ainda podem ajudar futuras mães com depoimentos de suas experiências. Conheça!
Silaine Stüpp, fundadora e CEO da HerForce
Com o objetivo de trazer um panorama do ambiente de trabalho das mulheres e suas necessidades profissionais, a HerForce, primeira plataforma de divulgação de vagas e avaliação de empresas voltada para mulheres no Brasil, ouviu mais de 1200 mulheres de diversas áreas de atuação profissional pelo Brasil.
De acordo com a pesquisa feita pela startup, 97% das mulheres entrevistadas querem encontrar empresas que se preocupam com a diversidade de gênero para se candidatarem às vagas de trabalho e 72% sentem que a maternidade pode ameaçar ou já ameaçou o seu crescimento profissional.
Por questões culturais as mulheres ainda precisam lidar com conceitos enraizados de que maternidade e carreira profissional são impossíveis de conciliar e, consequentemente, comprovarem que não existe necessidade de fazer uma escolha: família ou mercado de trabalho. Mulheres podem sim, ser mães e liderar equipes – e ainda serem mais lucrativas para as empresas.
Para a Women Will Brasil, o PIB do país poderia crescer em 30% se as mulheres participassem do mercado de trabalho na mesma proporção que os homens. De acordo com um estudo feito pela McKinsey em 2015, a igualdade de gênero poderia adicionar 12 trilhões de dólares no PIB Global até 2025.
A pesquisa Panorama Mulher 2019, da Talenses em parceria com o Insper, mostra que apenas 13% das empresas avaliadas possuem uma mulher na presidência. Além disso comprovam que uma liderança feminina traz mais diversidade nas equipes como podemos ver nos gráficos a seguir.
Pensando nisso e por meio das próprias experiências Silaine Stüpp, atualmente grávida de 36 semanas, fundou a HerForce. “Queria que as mulheres não precisassem mais passar pelo que passei, como por exemplo em uma entrevista de trabalho me perguntarem situações pessoais como meus planos de engravidar ou se meu marido permitia que eu trabalhasse”, comenta Silaine.
De acordo com a legislação da maior parte dos países, inclusive no Brasil, é proibido perguntar sobre os planos para engravidar numa entrevista de emprego, já que isso é discriminatório. Porém, a realidade é bem diferente – além de serem invasivas, as entrevistas não valorizam o potencial profissional das candidatas.
Dados comprovam que dentro do mercado de trabalho ainda existe um medo por parte das mulheres de revelarem que estão grávidas. Um estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV) aponta que metade das mães que trabalham são demitidas até dois anos depois que acaba a licença maternidade. Dani Junco, fundadora e CEO da B2Mamy, aponta que, a cada 10 mulheres, quatro não conseguem retornar ao mercado após a licença-maternidade, de acordo com a consultoria Robert Half.
Nos processos seletivos percebo que preferem homens, ou pessoas que não tenham filhos. As empresas deveriam pensar mais em todas as soft skills que as mulheres adquirem ao se tornarem mães. Todos sairiam ganhando”, comentou uma usuária da HerForce na plataforma.
Lá é possível avaliar empresas em quesitos como flexibilidade do horário de trabalho e suporte familiar, que incluem o apoio à maternidade, auxílio creche, sala de lactação para as mães que estão em período de amamentação, licença paternidade mais igualitária e estabilidade de emprego ao retornar da licença maternidade.
A HerForce também já registrou casos positivos e avaliações de empresas que estão valorizando a diversidade em suas equipes e dando suportes às mulheres grávidas. “Fui contratada grávida de 3 meses, e a empresa fez questão de arcar com todos os custos de carência do convênio, para exames, consultas e parto. A licença maternidade são de 180 dias”, diz outro depoimento encontrado na plataforma.
“Fui contratada grávida de cinco meses. Durante todo o processo seletivo não senti em nenhum momento insegura de que minha gravidez seria um fator prejudicial. Fui avaliada pelas pelas minhas competências. E desde que inicie, a atenção às minhas necessidades, e a tranquilidade que estamos tratando a minha licença está sendo excelente. Além disso, em todo momento encontro exemplo de respeito à diversidade, com todos os funcionários”, afirma mais uma usuária da HerForce.
Sobre a HerForce:
Fundada em 2018, a HerForce é uma startup que atua no segmento de Recursos Humanos, com o propósito de conectar mulheres a empresas que valorizam a diversidade. A plataforma de divulgação de vagas e avaliação de empresas é a primeira da área voltada para as profissionais do sexo feminino no Brasil. Além de ajudar as organizações a cuidarem de seu ambiente de trabalho e aumentarem a representatividade em suas equipes, a HerForce dá voz as mulheres por meio das avaliações e comentários. No mesmo ano de sua fundação, a startup participou da primeira e segunda turma do programa Startup Zone, iniciativa do Google Campus, destinada para startups em estágio inicial. Acesse herforce.com.br e saiba mais.
Sobre Silaine Stüpp:
Fundadora e CEO da HerForce, Silaine Stüpp já atuou como profissional de marketing nas empresas Dudalina, Faber-Castell e Crayola Brasil. Também é membro do coletivo colaborativo de mulheres na tecnologia ELASinTech e coorganizadora do evento anual Voz de Mulher, voltado ao Empreendedorismo Feminino.