Algumas coisas não tem data de validade e se tornam clássicos. Uma delas é a velha escola de cavalheirismo masculino que tanto me encanta. Talvez por isso tenho gostado mais de homens mais velhos, mesmo sendo assediada por meninos que  – mesmo – têm a idade de ser meu filho. Salvo raras exceções, os homens grisalhos ainda tem o dom de nos cativar.

Abrem a porta do carro, gostam de boas músicas, conseguem elevar uma conversa e sabem a hora certa de fazer o errado. Sim, pois a pressa, na hora da sedução, só pula etapas e nos deixa com um certa desconfiança do dito cujo.

Ainda acredito nos rituais, no cortejar e o homem, quando sabe fazer o seu papel, é absolutamente irresistível. Sabe se trajar, se portar, beija de mansinho para nos fazer arrepiar…Afinal, tem que deixar vontade, fazer com que a gente queira mais!

E esse dom, apenas a maturidade dá. O homem mais velho conhece a alma feminina, já teve várias experiências e conhece os nossos pontos fracos. E é nesses que a gente tem que ser tocada, explorada, quase abusada!

Hoje, me apaixono pelo desafio intelectual. Aquela pessoa que vai me fazer crescer, me incentivar, dar o apoio necessário e dividir bons momentos. A liquidez do sexo cansa. A falta de conteúdo cria o desinteresse. A superficialidade entedia. Afinal, o tesão é chama ardente, mas precisa de combustível. E corpo, amores, tem vida útil.

É por isso que elegi meu cavalheiro à moda antiga. Que me faz sempre mais feliz e completa do que um “oba oba” de meia hora apenas pelo prazer de conquistar. Ele teve o dom de me fazer apaixonar!