Ser de BH é presente com um lindo passado e eterno futuro. Nasci na terra das montanhas, com ladeiras infinitas e perfeitos horizontes. Conheço cada canto e me surpreendo todos os dias. BH é festa, gente hospitaleira, lembranças de JK. É subir Bahia, descer floresta e se encontrar no Bolão de Santa Tereza. Se a noite esticar, talvez namorar ou ouvir um jazz na Praça do Papa e ver o dia começar com a vista mais linda da cidade.

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É conhecer todos do Clube da Esquina em noites despretensiosas, ouvir J QUEST em bares do Mercado Central e encontrar o Skank em festivais de cerveja. É parar na Praça da Liberdade para ouvir um saxofone solitário no meio da tarde ou tomar um café com queijo no Café Nice em meio a um turbilhão de conversas.Todos os sons são bem vindos nessa BH sede dos prazeres, insaciável em comidas e bebidas que alegram e confortam a alma.

BH é cultura que ferve, arte que encanta, passo que dança. Peças em praças, espetáculos no Palácio, povo que mergulha em diálogos vários com representantes de todos os continentes. Paramos para ver obras eternas no Circuito Cultural Liberdade depois de mais uma passeata a favor ou contra alguma coisa ou seguimos a procissão de Nossa Senhora da Boa Viagem em meio a loucura do Genérik Vapeur em azuis e chamas de pura liberdade e paixão, nas ruas de uma Savassi colorida pelos nossos artistas de rua.

E entre e a arte e a religião, temos a história de museus e igrejas palcos de festas e discussão. Polêmica, ousada, a Pampulha ainda guarda o burburinho de outras épocas, em passos alegres de JK pela pista de dança, nos sonhos realizados no Cassino, dias glamourosos do Iate, no pôr  do Sol na Casa do Baile que ainda abençoa a fé instaurada na igrejinha de São Francisco. Curvas amenas de mulheres serenas.

Mulheres que inspiraram Niemeyer e conquistaram o mundo. Somos tema de poemas, músicas e cenas. Das eternas misses e Glamour Girl à Garota Nacional e super modelos, mineira tem jeito meigo, sotaque gostoso, sorriso faceiro, beijo ousado. Cantadas e proseadas, nossas mulheres tem meiguice de princesa e postura de rainha.

E rainhas que somos, nossa moda já conquistou o mundo. Estilistas vários, costureiras tradicionais, pontos e arremates que fazem de qualquer vestido uma obra de arte. Entre Rogérios, Renatos, Patrícias e Victor, somos a cidade da beleza, do artesanato e do glamour. Desfilamos nas passarelas do mundo nosso orgulho e feminilidade na tradição das famílias mineiras.

E hoje, essa menina faz 119 anos. Do mundo, de Minas Gerais, a cidade efervescente tem nos olhos o brilho do novo e a esperança de uma criança. Podemos tudo, somos muito, queremos mais. Parabéns, minha cidade, delícia de BH!